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A Psique de Guilherme

Dissertações acerca de temas vários levadas a cabo por um adolescente com, nota-se, demasiado tempo nas mãos e opiniões, e assim... A Blogosfera vive!

A Psique de Guilherme

Dissertações acerca de temas vários levadas a cabo por um adolescente com, nota-se, demasiado tempo nas mãos e opiniões, e assim... A Blogosfera vive!

Trabalhos de Casa #9: "O circo"

Avatar do autor Guilherme dos Santos Gomes, 28.01.23

Olá! Tudo bem? Pois... Esta semana temos “Trabalhos de Casa”, não é? Pois é. E que texto trago hoje? Um texto que não tem nada a ver com nada do que está a acontecer, neste momento, no país e no Mundo. Porque eu gosto de ser punk! Eu ouço “Sex Pistols”, caramba! De maneiras que hoje vamos ao circo (e aqui se prova o meu eclectismo musical, porque “Vamos Ao Circo” é uma música dos Sitiados)! Do dia tal do mês de Janeiro de 2015, a composição com o sugestivo nome “O circo”:

Eu nunca fui ao circo. Mas apesar de nunca ter ido a nenhum, já vi na televisão.

Lá existem várias pessoas a trabalhar, mas em alguns casos há menos artistas do que parecem, porque alguns fazem duas coisas como por exemplo: o domador também pode ser um dos acrobatas.

Aquela tenda de circo é enorme e às vezes é vermelha e branca como as dos desenhos animados.

Tal como a Professora Alice nos disse o circo não devia ter animais, mas também não os vamos abandonar os animais, há uma regra que diz que os animais ficam no circo até morrerem e depois não se podem substituir.

No circo fazem acrobacias, truques, palhaçadas... incríveis mas às vezes os animais também fazem isso.

Vamos lá ver. Eu realço o facto de, eventualmente, poder haver certos profissionais a exercer mais do que uma função dentro do circo. Como eu digo “o domador também pode ser um dos acrobatas”. Está bem. E depois? Qual é, do ponto de vista do conteúdo da redacção, o interesse desta informação? Deixai lá as pessoas fazer o que lhes apetece, pá! Bem quero lá eu saber se o acrobata também é domador de leões, se a bailarina ajuda a montar a tenda, ou se o palhaço faz exames à próstata dos elefantes! Isto é quase como, num texto de apresentação de uma empresa, dizer, por exemplo, que “um senhor que trabalhe na secção do Economato também pode fazer biscates como electricista, nas horas vagas”. Pronto, OK. Por mim, tudo bem. Lá está, é uma informação irrelevante e sem nexo, mas que se lixe.

Depois, fala-se num tema fracturante da nossa sociedade: os maus-tratos aos animais. - Antes, espaço para uma merecida menção honrosa à Professora Alice. Creio que nunca é demais homenagear esta senhora. – Hoje em dia, há leis que proíbem a utilização de animais nos circos, mas à data da escrita deste texto, elas ainda não existiam. Eu pareço algo demarcado da realidade, quando digo que “’tá bem que o circo não devia ter animais, mas também estar a abandoná-los, não é(?), é chato”, mas não estou muito errado. Na realidade, havia bastantes casos de abandono de animais velhos ou doentes por parte de circos. Quando viam que já não serviam para nada, largavam-nos em terrenos agrícolas, dentro de um atrelado, para morrerem. Isto costumava acontecer muito com felinos de grande porte, como leões e tigres. Esta situação é revoltante. Revoltante porque, mais uma vez, se vê a podridão e a crueldade humana no seu melhor; mas revoltante, acima de tudo, para os donos dos terrenos. Eu só imagino um senhor, dono de um pequeno campo na planície alentejana, a chegar um dia de manhã e dar de caras com uma carroça com um tigre lá dentro! “O que é que eu vou fazer agora? Então, mas fazem-me uma desfeita destas? Que é que eu faço com o bicho? Será que ele gosta de ‘Carne de Porco à Alentejana’? Ah, filhos dum corno!”. Eu não saberia como reagir! Porque cuidar de uma manada de vacas é uma coisa. Agora de um tigre é muito mais difícil. E onde é que se muge o bicho? São problemas de que não se fala. Já não há consideração pelas pessoas!

De um modo geral, foi isto que se passou. É pá, tentem não ir a circos onde sabem que há ou já houve animais a ser maltratados. Se se quer resolver o problema, tem que se começar por algum lado! Ficamos por aqui. Para a semana, é à mesma hora, no mesmo local. Tchau!

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Retalhos do Passado de um Parvo

Avatar do autor Guilherme dos Santos Gomes, 21.01.23

A situação sociopolítica no nosso país anda muito complicada. De um lado, temos greves e marchas pela melhoria das condições de trabalho dos professores e do ensino em Portugal. Do outro, manifestações contra os maus-tratos aos animais. E eu dou por mim a pensar: numa tentativa de minorar o gasto de recursos, o ideal era unir as duas lutas e mandar o Cesar Millan negociar com o Governo!

Vou-vos ser sincero: esta semana não me apeteceu escrever nada. Não estive propriamente com vontade de explorar um tema, inventar uma teoria, insurgir-me amargamente contra uma situação. Às vezes é assim! Estive foi a pensar e cheguei à conclusão de que a humilhação pública seria, decerto, a coisa mais sensata a fazer a mim próprio, como castigo pela minha insanável preguiça. Por essa razão, o que hoje trago é um pequeno vídeo, gravado pelo eu mais pequenito, de mim próprio a fazer... coisas. Porque este impulso quase patológico de inventar porcaria já não é de agora. É um defeito de fabrico. Sempre tive esta necessidade de me expressar, fosse de que forma fosse, e como o meu pai tinha uma pequena câmara-de-filmar Sony, posso dizer que tive uma infância muito feliz, neste campo. Porém, aquilo que eu achava ser espetacular, na época, vai-se a ver e, aos olhos de hoje, afinal não é. E, no fundo, é isso que torna estas horas de material gravado especiais. É certo que há coisas que passam para lá da fronteira do aceitável, em termos de vergonha alheia. No entanto, outras há que, na melhor das hipóteses, se conseguem ver. Não estou a dizer que se vejam bem, mas vêem-se. Esta não é uma dessas, portanto, a partir do próximo momento, estarão por vossa própria conta e risco. Desculpem-me. E tomem lá disto...

Vídeo em questão...

Já foi demais! O Guilherme de 9 anos era parvo! Se alguém conseguiu chegar até aqui sem falecer, as minhas sinceras e honestas desculpas. À partida, a minha reputação já não recupera disto... Até uma próxima! Porra!

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Cumprimentos e Medidas

Avatar do autor Guilherme dos Santos Gomes, 14.01.23

Já acabou o período legal em que se pode desejar “Bom Ano!” às pessoas. Porque, a dada altura, deixa de fazer sentido. Nós podemos muito bem não ver uma pessoa desde o ano anterior, mas desejar-lhe um bom ano no Carnaval fica um bocado esquisito. Por essa lógica, se eu não vir alguém desde 2019, tenho que lhe desejar quatro bons anos? Não façam isso, deixem-se de coisas!

Hoje, o meu objectivo era dar a minha aprovação à chuva e barafustar amargamente contra o vento, mas as condições climatéricas não mo permitiram. Estamos em Janeiro e está Sol! Por isso, vou esperar para ver se na próxima semana há algum tufão, ou assim, e falar disto com algum contexto. Feita esta adenda, esta semana irei analisar as interacções sociais momentâneas que ocorrem na rua.

Porquê é que me surgiu este tema? Por uma razão muito simples. Ontem, eu vinha a descer a rua do meu prédio e, em sentido contrário, ia uma senhora velhinha. Eu tenho por hábito cumprimentar os cidadãos de 3ª Idade na rua, não sei bem porquê. - Creio que deverá ser por uma mescla de três razões: porque quero que os velhinhos sintam que são valorizados e que não são inúteis, algo que, infelizmente, eles podem vir a pensar; para que eles fiquem com a ideia de que a minha geração consegue ter salvação, e que ainda há pessoas educadas (porque eu sou um gentleman, porra!); e por causa da minha insaciável vontade de ser aceite, que me faz querer que até pessoas que eu não conheço fiquem com uma boa impressão minha. E não, não sou nenhum maníaco, OK? - Portanto, vinha a senhora. E eu, como é meu costume, lá está, cumprimentei-a, mas fiquei com a impressão de que talvez a tivesse saudado já muito perto dela. Ou seja, talvez a distância entre nós os dois já não fosse longa o suficiente para dar à senhora tempo de receber o “Boa tarde!”, olhar para o locutor desse “Boa tarde!” e reagir, também, com um “Boa tarde!”. Esta minha teoria veio a ser comprovada, porque a senhora só me respondeu já nós tínhamos passado um pelo outro, o que a obrigou a olhar para trás, algo que até pode ser prejudicial para ela, porque movimentos repentinos naquelas idades não são bons para as articulações, e eu preocupo-me com a saúde das pessoas.

O que é que eu quero dizer com isto tudo? Numa primeira análise, não quero dizer nada, mas se formos a ver bem, eu queria saber era qual é a distância certa para cumprimentar uma pessoa na rua. Porque já percebemos que há distâncias que não são, decerto, as correctas, agora é preciso saber qual a melhor. Voltando um pouco atrás, temos que muito em cima da pessoa que pretendemos “boa-tardar” (este termo não existe, mas estava cansado de repetir as palavras “cumprimentar” e “saudar”), não é uma boa política, porque leva a esforços desnecessários por parte do receptor. Demasiado longe, também pode ser esquisito, e já me aconteceu mais do que uma vez. Cumprimentar alguém de um local muito isolado relativamente a essa pessoa faz a interacção sair algo fracassada, porque o longo intervalo entre os dois intervenientes na acção pode levar a que o lado de lá demore tempo demais a entender que nós estamos a falar com ele. Isto gera situações desconfortáveis para ambas as facções.

É tudo isto que me leva a crer que devia ser estipulada uma distância padrão aceitável para nos dirigirmos às pessoas na rua. E podia seguir um bocado a lógica dos videojogos, em que, para interagirmos com os NPCs (que é o termo para “personagem não-jogável”, que surge dotada de uma inteligência artificial personalizada), precisamos de estar a uma determinada distância destes, altura em surge no ecrã a indicação de que já podemos carregar num botãozinho do comando. Ninguém me tira da cabeça que, com estes pequenos pormenores regulamentados, a vida (e o mundo em geral) funcionariam infinitamente melhor.

É tudo por hoje. Eu sei que agora vocês devem estar a dizer “As coisas em que este gajo perde tempo a pensar.”, mas também, se não fosse eu a meter o dedo nestas feridas, quem o faria? Muito em princípio, ninguém, porque isto também não é nada de relevante. Até para a semana (aqui é facílimo saudar pessoas, porque eu estou a falar sozinho)!

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Trabalhos de Casa #8: "Como foram as minhas férias"

Avatar do autor Guilherme dos Santos Gomes, 07.01.23

Quis o destino que a primeira crónica do ano fosse um episódio dos “Trabalhos de Casa”, e por mim tudo bem, embora eu preferisse falar sobre o vazio que nos é provocado pelo fim das festividades do Natal e da Passagem de Ano. Isto porque Janeiro é deprimente. É um mês que parece fazer morrer algo dentro de nós, perder aquela inocência que o Natal lá nos vai trazendo uma vez por ano. Não é, portanto, de admirar, que este mês tenha sido nomeado segundo o deus romano Jano, deus dos inícios e das mudanças, cuja figura surge várias vezes associada a portas. Deuses há que têm a eles associadas figuras do calibre de terras, mares, planetas! Jano tem as portas... Já não é mau! Por isso, hoje também trago um texto que é deprimente. Um texto escrito em 5 de Janeiro de 2015, com o sugestivo nome “Como foram as minhas férias”, em que eu conto, lá está, como foram as minhas férias. E surpreendam-se com a espectacularidade das interrupções lectivas deste que vos fala!

As minhas férias começaram no dia 13 de dezembro de 2014 e acabaram no dia 5 de janeiro de 2015.

Nos primeiros dias brinquei e fiz os trabalhos das férias.

Na véspera de Natal acordei às 10 horas e tomei o pequeno-almoço. À noite fui cear a Sande, a casa dos meus avós paternos. Depois do jantar ouvimos um barulho, um estrondo no teto, de certeza que era o Pai Natal. Segui para Avões na altura de abrir os presentes do Pai Natal, sentei-me ao pé da lareira para ver se encontrava alguma pista, um bocado depois ouvi uma coisa a escorrer no telhado. Fui ver debaixo da árvore e estava cheio de presentes. Eu recebi o Sem Palavras, o Hedbanz, a estufa ecológica, uma caixa de animais, o Monopoly, uma mesa de snoker, um livro e boxers dos minions.

No dia 25 de dezembro fui almoçar a Avões a casa dos meus avós maternos.

Na véspera de Ano Novo acordei às 12 horas e fui cear à casa dos meus avós maternos, e passei aqueles 12 segundos em cima de um banco.

A 1 de janeiro fui almoçar à casa dos meus avós paternos.

Gostei muito das minhas férias.

Eu avisei que isto ia ser assim. Profundamente desinteressante. Não entendo o porquê dos pormenores tão técnicos, da especificidade de na Véspera de Natal ter acordado às 10 da manhã, ter tomado o pequeno-almoço, na Passagem de Ano ao meio-dia. Para quê tanto detalhe? Só faltou dizer que “ao almoço do dia 29 de Dezembro comi um arroz, que por acaso estava muito bom, com um bife com ovo a cavalo, ovo que era biológico, tamanho M, frito a 178,5ºC, em óleo, como, de resto, eu gosto mais”. Porra!

Outra coisa a que eu faço uma referência, ainda que breve, é a essa invenção do Demo que são os “trabalhos das férias”. - Eu sei que esta rubrica se chama “Trabalhos de Casa”, mas não quer isso dizer que eu goste de trabalhos de casa! Por essa lógica, o Markl também gostava de morder cães e de meter, vamos lá ver, nêsperas no, digamos, cu! – A definição de férias é mesmo “interrupção relactivamente longa de trabalho, destinada ao descanso dos trabalhadores”. Obrigar os alunos a trabalhar nas férias é uma contradição a ambas as partes do conceito destas: nem se está a interromper o trabalho, nem a permitir que os trabalhadores descansem! Por isso, senhores professores do nosso Portugal, faço o meu apelo para que não mais os alunos sejam forçados a trabalhar naquele que é, por direito, o seu momento de descanso. Já que estou numa de pedir coisas aos professores, eu não gosto muito de fazer testes. É uma coisa que me chateia, pronto! Se desse para, vamos lá ver, não fazer testes, para mim era espectacular! É porque ir às aulas tem a sua graça, ninguém diz o contrário. Agora, fazer testes parece que me deixa nervoso, ou o que é. E o problema, para além disto, é que a minha ansiedade se expressa de uma forma muito particular. Qual? Através do meu cólon. O meu cólon, quando se vê numa situação particularmente chata, e ainda antes do meu cérebro se aperceber, começa a emitir umas mensagens que chegam a ser aflitivas, de tão sonoras que são. Não raras vezes me apercebo de que devia ficar stressado por causa do meu intestino! Por isso, se um dia escutarem um roncar oriundo das minhas profundezas, o meu perdão, mas a culpa não é minha. Até para a semana!

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Relatório e Contas da Psique de Guilherme: O Mais Esperado Balanço de Ano Novo Deste Ano Novo!

Avatar do autor Guilherme dos Santos Gomes, 01.01.23

PEQUENO PREÂMBULO INICIAL: Eu sou o único gajo, O ÚNICO, que faz um balanço de final de ano no dia 1 de Janeiro. E muito bem, porque acho que é bom marcar pela diferença (mal sabem eles que só estou a fazer isto hoje porque não consegui acabar a tempo...). Só peço que não estranhem o facto de o texto estar escrito como se fosse para ser lido a 31 de Dezembro, porque era mesmo... Vamos a isto!

Dizem os entendidos que se deve estrear um par de cuecas (e fica a eterna questão: porquê "par" se é só uma peça?) de cor azul na passagem-de-ano, porque isso traz sorte. Eu não acredito muito nessas coisas, mas, pelo sim pelo não, vou vestir um boxerzinho azul. Mas vou é só assim: todo nu, envergando apenas a cuequinha! Não vão as calças fazer efeito de barreira e impedir a passagem eficiente da sorte...

Último dia do ano: aquela data em que as pessoas teimam em tomar decisões - as chamadas "Resoluções de Ano Novo" - de que, em Janeiro, já se arrependeram, deixando-as assim "para o ano que vem". Somos todos uns procrastinadores natos, não é verdade? - Qual ir ao ginásio, qual quê? Quem é que pensam que enganam? - Para celebrar esta efeméride, eu decidi fazer um pequeno balanço do que sucedeu "aqui há atrasado" (que é um esforço desnecessário, mas como vocês não veem o Relatório do Batáguas, que remédio!).

Uma das primeiras coisas que aconteceram este ano foi o fim da Pandemia. Nunca mais ninguém ouviu falar nisso! A COVID-19 está para as doenças um bocadinho como o Michael Cera está para Hollywood: houve ali dois ou três aninhos em que toda a gente falava deles, eram famosos e tal, mas agora parecem ter-se perdido por entre as brumas da memória.

Começando por Janeiro, temos um enormíssimo avanço da medicina, algo que prometia ser revolucionário dentro da comunidade científica: o primeiro transplante de coração de um porco para um ser humano!... Só que o senhor acabou por morrer, em Março... Houve, também, um Golpe de Estado no Burkina-Faso, mas ninguém ouviu falar nele porque foi no Burkina-Faso. Ainda no primeiro mês do ano, eleições legislativas em Portugal, depois da queda do governo, em Dezembro do ano anterior, com os portugueses a darem a maioria absoluta ao nosso amigo Costa que, ao contrário do da clássica publicidade da Robbialac, ainda não deu a mão à palmatória...

Em Fevereiro, tivemos Jogos Olímpicos de Inverno na cidade de Pequim e, no dia 24, para além do meu 16º aniversário, GUERRA! Depois de meses de tensão, pumba: Guerra na Ucrânia! Ao menos que esperassem por Março, que assim não tinha de partilhar o meu dia de anos com, até agora, o maior conflito armado da década de 20 do século XXI! Isto não há consideração por ninguém.

No mês de março, não aconteceu nada de especial, se não considerarmos o Ciclone Tropical Intenso Gombe na África Austral, a queda de um Boeing 737-800 na China (não sei como é que, sabendo que os Boeings passam a vida a cair, se continuam a produzir!) e a bofetada do Will Smith no Chris Rock nos Óscares coisas especiais.

Chegados a Abril tivemos as Eleições Presidenciais Francesas, com um alarmante e preocupante aumento da força da extrema-direita; houve ataques aéreos paquistaneses no Afeganistão; o Elon Musk comprou o Twitter por um balúrdio; e foi reactivado o Orkut! Por esta não esperava e vou já criar uma conta no Orkut!

Em maio, eleições nas Filipinas, na Somália e na Colômbia; a Ucrânia ganhou a Eurovisão; aconteceram outros dos mais de 300 tiroteios nos Estados Unidos (e isto são dados de Julho!); o Futebol Clube do Porto limpou o Campeonato e a Taça; furacão no México.

Em junho, novos tiroteios nos USA. Deu-se o Jubileu de Prata da querida Isabel II, pelos seus 70 anos de reinado (vou ser spoiler, mas esta já não chega à passagem de ano...). Foi descontinuado, deixando em todos um profundo e agonizante vazio, o Internet Explorer. E um sismo de magnitude 5,9 no Afeganistão causou mais de 1000 mortes. Ah, e não nos esqueçamos do mais tenso processo judicial do século: Johnny Depp Vs. Amber Heard! Um julgamento que esteve a isto (*gesto de "poucochinho" com os dedos*) de dar cocó... ou melhor pensando, se calhar até deu...

No sétimo mês, chegou o 5G ao Brasil (portanto, ninguém mais está seguro...); o Boris Johnson pediu a demissão, contribuindo dessa forma para o défice de “Pessoas com penteados extravagantes em lugares de poder” (já não bastava o Donald Trump, pois não, Boris?); a OMS chama a atenção para uma nova pandemia iminente, o fim da raça humana: a varíola dos macacos!... Só que depois, foi-se a ver, e não era nada.

No mês da Silly Season, não aconteceu nada de especial. Um incêndio para aqui, um atentado para ali, mas também é Agosto. Não sei de que é que estavam à espera.

Em Setembro, época de rentrée, até nem começamos nada mal, com as comemorações dos 200 anos de independência dos nossos irmãos Brasileiros, mas depois estragou-se tudo com a morte da Isabelinha! Perdemos a Rainha! Porquê? Porque não eu? Porquê a velha? Se calhar foi melhor assim... Para além disto, novo Golpe de Estado no Burkina-Faso! Mas, novamente, é o Burkina-Faso, portanto vamos seguir.

O que é que Outubro reservou para nós? Eleições no Brasil, com, até mais importante que a vitória de Lula da Silva, a derrota de Jair Bolsonaro, com a recuperação da democracia naquele que é um dos maiores países do mundo (Jair, foi só uma eleiçãozinha!). 100 anos da BBC, importantíssima rede televisiva. Ao contrário do que aconteceu no Brasil, em Itália perdeu-se a democracia, com a vitória da extrema-direita nas eleições. Atentado terrorista em Mogadíscio, na Somália.

No penúltimo mês do ano, tentaram matar o ex-primeiro-ministro paquistanês; a população mundial chega aos 8 mil milhões (e sim, diz-se “mil milhões”, não “biliões”, OK?!? Milhar de Milhão tem 9 zeros, Bilião tem 12! É MUITO DIFERENTE!!!); e a malta começa a perceber que fazer o Mundial no Qatar foi uma ideia um bocado estúpida, mas talvez um pouco em cima da hora, de maneira que foi lá na mesma.

Em Dezembro, para fechar 2022 com chave-de-ouro, houve um vulcão a rebentar na Indonésia; o Governo Alemão dissolve um grupo terrorista de extrema-direita que pretendia levar a cabo um Golpe de Estado; Cristiano Ronaldo perde o Mundial (e mal!); Lionel Messi ganha o Mundial; morreu o Pelé e o Papa. O Ratzinger, que também já não andava cá a fazer nada...

Pronto, no fundo foi isto. Espero que tenham gostado. Este ano foi giro, teve a sua graça. Deu para aprender coisas novas, creio que me fez crescer, não só como Pessoa, mas em tamanho, mesmo. Só espero que o ano que vem reserve coisas interessantes para mim e para todos, em geral. O último conselho que tenho para vos dar não é meu, é de Phil Collins: Se tocarem o 'In The Air Tonight' do Phil Collins a 31 de dezembro às 23:56:40, o break de bateria acontecerá exatamente quando o relógio bater na meia-noite. Comecem bem o vosso ano-novo. (P.S.: Eu experimentei e, com muita pena minha, o break aconteceu 5 segundos antes da "virada"...).

Até para o ano!

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