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A Psique de Guilherme

Dissertações acerca de temas vários levadas a cabo por um adolescente com, nota-se, demasiado tempo nas mãos e opiniões, e assim... A Blogosfera vive!

A Psique de Guilherme

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Trabalhos de Casa #16: "A bruxa Mimi"

Avatar do autor Guilherme dos Santos Gomes, 04.11.23

Este texto tinha sido pensado para a crónica da semana passada, de 28 de Outubro, mas na impossibilidade de a ter conseguido concluir, fica para hoje, daí haver certas referências a situações futuras que, de momento, são passadas. Era só isto que tinha para vos dizer: Hallo, pessoas! Como têm passado, nesta última semana? Bom, não interessa... Vamos a isto! Com o Halloween à porta, senti que faria algum sentido apresentar-vos um “Trabalhos de Casa” especial de dia das Bruxas. E que texto melhor do que um, exactamente, sobre uma bruxa? E é isso que tenho para vocês! Do dia 30 de Outubro de 2015, novamente fazendo parte da rubrica “Onde me leva a imaginação”, a composição “A bruxa Mimi”:

Era dia 30 de outubro e a bruxa Mimi estava a decorar a casa. Ela precisou de ajuda e fez uma magia:

_ Varinha minha, ajuda-me na decoração desta enorme mansão.

E num ressalto, a mansão ficou toda bonita. Já de noite, a Mimi foi deitar-se. As bruxas más, como não gostavam da Mimi, puseram mãos à obra e destruiram as decorações todas.

A Mimi acordou às 7h da manhã para ir fazer a comida, e viu que as decorações estavam todas rasgadas e partidas. Ela teve uma ideia: ir consultar a bola de cristal e perguntou-lhe:

_ Quem destruiu as minhas decorações?

Na bola apareceu a imagem das bruxas más. A Mimi pensou num plano. Ela fez um bolo com a pior coisa para as bruxas más: a bondade. Deixou o bolo na mesa e esperou.

Elas chegaram e a mais velha esmagou o bolo com um martelo. Mas, subitamente, a bondade espalhou-se e ficaram todas boas.

 

Aquilo que nos é contado é a história de Mimi, uma bruxa boa e amante do Halloween, a demanda por decorar a sua enorme mansão para esta data e as bruxas más, que se dão ao trabalho de arruinar o seu trabalho. Uma das coisas que me deixam algo confuso é o facto de a Mimi conseguir decorar a casa toda apenas com um estalar de dedos, fazendo uma magia ou o que é, mas de as bruxas más terem mesmo que pôr “as mãos à obra” para destruir a casa. Quer isto, portanto, dizer, que a Mimi é muito mais poderosa do que as outras bruxas. Nesse caso, e a ser verdade, havia mesmo necessidade de andar a perder tempo a fazer um bolo com “bondade”, quando podia perfeitamente tê-las parado apenas com um abracadabra? Porque essa é outra! Como é que se faz um bolo com uma característica humana? “Hum, este bolo está mesmo bom! O que é que leva? Altruísmo? Lealdade?”. Não é assim que funciona! Por esta ordem de ideias, os bolos que saem mal feitos devem ser aqueles com demasiados defeitos à mistura! Às tantas, o problema de os bolos baixarem não é da falta ou excesso de fermento: é do Pessimismo! Porque agora, por acaso, gostava de saber onde é que se podem comprar estas virtudes! Será que existe algum género de “Adjectivaria” onde se vendem destas características a granel, tipo charcutaria? São as questões que ficam e às quais ninguém tem a coragem de responder! Quem é que está por trás da candonga das qualidades? De certeza que isto são coisas que não se quer que se saibam, não é, Sr. Jerónimo Martins? Onde é que se posiciona o Pingo Doce no meio desta problemática toda, hein? O que é que levava aquele bolo que foi entregue na sua casa na última Quarta-Feira, por volta das 18:37? Bom, cala-te boca, que da maneira como andam os ânimos exaltados, qualquer dia matam-me à esquina de uma rua!

Mudando bruscamente de tópico, mas não abandonando o tema, vou fazer, porque me apetece, um “throwback” (que é como quem diz “recordar uma situação que já sucedeu”) até à crónica “Terror de Perdição”, do dia 29 de Outubro de 2022, para lhe acrescentar um pormenor. Se estão recordados, nessa crónica falou-se de filmes de terror e eu, em jeito de exemplo, referi o nome de várias sagas, entre elas a dos “Jogos Mortais”. Ora, na realidade, a categoria em que estes se inserem é, não a de “terror”, mas sim a de “horror”. E qual é a diferença entre estas duas? Em termos bastante simples, o terror apela àquilo que é o medo, e o horror mais àquilo que é o nojo, propriamente dito. E pronto, era só esta errata que eu tinha a apontar. Por hoje, vamos ficando por aqui. Obrigado por terem estado desse lado. Até para a semana!

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Terror de Perdição

Avatar do autor Guilherme dos Santos Gomes, 29.10.22

Anda para aí um tempo muito esquisito. Nesta altura, eu fico sempre muito indeciso acerca do melhor método para regular a temperatura na minha cama. Nunca sei se devo vestir um pijama de meia-estação e dormir só com um lençolzito, ou se devo arriscar um de verão e meter um cobertor por cima...

Estou com uma ligeira virose intestinal que me causa algum desconforto, enxaquecas e assim (Porra! Devia ter esperado para fazer o texto sobre a Hipocondríase hoje!...), de maneiras que a crónica de hoje é sobre filmes de Terror. Tem alguma coisa a ver? Não, mas isso nunca me interessou muito.

Eu não gosto de filmes de terror. Não gosto, porque tenho algum interesse em dormir à noite. É uma coisa minha. Mas não é só por isto que não gosto, mas também porque esses filmes me chateiam. Há coisas muito parvas a acontecer, imensa previsibilidade, um plágio constante de uma fórmula já gasta. Hoje em dia é muito raro encontrar filmes de terror realmente cativantes. Não é todos os dias que se faz um “Exorcista”, um “Iluminado” ou um “Silêncio dos Inocentes”! Por isso, a grande maior parte das películas deste género são, no que ao argumento, à realização e à própria estética diz respeito, maus! E tudo piora com as sequelas.

Por exemplo, neste momento existem, e passo a listar: cinco “Gritos”, nove “Jogos Mortais”, nove “Massacres da Serra Eléctrica” e nove “Pesadelos em Elm Street”, doze “Sexta-Feira 13” e treze “Halloweens”. Tudo filmes sobre assassinos, que de variadíssimas formas matam pessoas. Digam-me uma coisa: como é que ninguém apanha estes gajos? Já tiveram mais que tempo para isso! Por exemplo, o primeiro “Massacre da Serra Eléctrica” é de 1974! Há quase 50 anos que anda para aí um maníaco canibal a serrar pessoas e a polícia não faz nada! Eu até dou de barato aquilo de não apanharem o Freddy Krueger, porque ele só aparece nos sonhos, agora os outros. Eu adorava, juro que adorava, ver um filme de terror em que o assassino não conseguia matar ninguém. Estava ele a preparar-se para esfaquear um pobre inocente que caiu nas suas garras quando, de rompante, a polícia entra e acaba com aquela brincadeira toda! Era refrescante ver uma trama destas.

Também há o problema dos roteiros, que são todos tecidos de formas muito semelhantes. Há quase sempre um grupo de jovens que vai para um qualquer sítio, seja ele uma casa, um acampamento, ou o que quer que seja, que está assombrado ou onde vive um assassino... e eles já sabem. Eles costumam saber de antemão que “Olhem que esta casa está amaldiçoada, já se encheu foi para aqui de morrer gente, e é preciso ter cuidado que aqui ninguém está seguro”. E eles pensam “Não! Connosco não. Isto não tem nada. Quê? As paredes estão cheias de mofo, não há energia eléctrica, há teias-de-aranha nos cantos todos do tecto e símbolos demoníacos pintados no chão? É o dono da casa que é um excêntrico do caraças! Isto não há-de haver problema nenhum!”. E vão... e morrem. É sempre assim! Já não há surpresa nenhuma. Surpresa essa que deveria ser a preocupação principal numa trama de terror. Assim como a comédia, o terror precisa desse “factor surpresa” que desencadeia em nós uma reacção, que neste caso é um susto. Os cenários sombrios, os monstros assustadores e aquela musiquinha que nos penetra directamente no cérebro não são suficientes para fazer um filme minimamente aceitável.

É óbvio que, como eu disse no início, há bons filmes de terror, feitos por alguém que sabe o que está a fazer, com bons argumentos, bons crescendos, boas pausas, estéticas incríveis! Que quanto a isso não haja qualquer dúvida. Agora, a verdade é que os filmes que as pessoas veem, os mais comerciais, são francamente decepcionantes. Por isso, se não se quiserem desiludir e forem, como eu, muito piegas, vejam filmes como o eterno “Beetlejuice”, do Tim Burton, ou o falso documentário “O Que Fazemos Nas Sombras”, e assim passem uma boa tarde de segunda-feira.

Da minha parte é tudo. Despeço-me de vós como uma vez Winston Churchill se despediu de Jorge VI, então Rei de Inglaterra, numa reunião de urgência após a tomada de Paris pelas Forças do Eixo, em 1940: "Até para a semana!"...

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Trabalhos de Casa #4: “O Halloween"

Avatar do autor Guilherme dos Santos Gomes, 22.10.22

Estamos numa época mágica, cheia de magia, de felicidade, e de colesterol: o Halloween. Porque sim, é muito disso que se trata. Principalmente da parte do colesterol. Por essa razão (podia ser por outras, mas por acaso é por essa) é que hoje trago uma composição, no âmbito da recém galardoada rubrica “Trabalhos de Casa” (o galardão em questão foi um senhor que me parou na rua e me disse “Vi o teu vídeo. Estava fixe!”), acerca do imaginário desta popular festividade. O título não deixa margem para dúvidas, “O Halloween”, e a data é um tanto quanto incerta, mas suspeito que deverá rondar o dia 31 de Outubro de 2014. Iniciemos esta ramboia:

O Halloween é uma festa inglesa festejada no dia 31 de outubro. A palavra «Halloween» significa dia de todas as almas, mas normalmente, em portugal diz-se dia das bruxas. Nesse dia os meninos e as meninas mascaram-se de bruxas, vampiros, múmias, zombis, frankentestains e muito mais, batem nas portas dos vizinhos e pedem doçura ou travessura.

Algumas pessoas decoram as casas com teias de aranha ou esqueletos afingir e nas escolas fazem-se atividades temáticas.

Uma tradição do Halloween é apanhar abóboras e cortar caras feias, assustadoras ou bonitas e no fim recortar um buraco na cabeça, meter lá uma lanterna e iluminar a casa.

Aí, faz-se uma fogueira e conta-se histórias assustadoras sobre monstros e lendas sobre bruxas.

Como esse dia é sobre todas as almas algumas pessoas deixam pão e água na mesa toda a noite no pressentimento de alguém que já morreu volte a sua casa.

Mas isso deve ser tudo uma lenda inventada pelos inglêses.

Muito, muito giro, hã? Vamos começar pelo princípio: o termo Halloween significa “Dia de Todas as Almas”, em Portugal popularizou-se o nome “Dia das Bruxas”. Até aqui tudo bem. Noto melhorias. Mas depois começo a falar naquilo que é a “Doçura ou Travessura”. Ora, o Guilherme de 2022 tem, como em todos os temas, fortes opiniões acerca da “Doçura ou Travessura”: é uma coisa não muito inteligente de se fazer. Nos Estados Unidos talvez, porque as pessoas já estão preparadas para isso. Agora neste retângulo, neste jardim à beira-mar plantado, não tem grande lógica. Porque esta mendicidade diabética é uma tradição relativamente recente (se é que já lhe podemos chamar tradição). A maior parte das pessoas não está preparada para receber pequenos meliantes sobrenutridos à sua porta. O mais certo é acontecer um de três cenários: ou não abrem a porta; ou abrem, ficam embasbacados e acabam por dar meio pacote de bolachas Maria ou meia dúzia de moedas de cêntimo; ou então é alguém mal-intencionado que, das duas uma, ou dá doces envenenados ou então chama os putos para dentro de casa e limpa-lhes o sarampo. Mas atenção, eu não sei de nada! Não estou a par do desaparecimento de cinco crianças, entre os 11 e os 14 anos, no dia 31 de Outubro de 2017, por volta das 23:30h... Eu nem estava lá, como é que haveria de saber?

Forneço, também, um pequeno tutorial de como preparar uma abóbora a rigor para o Dia das Bruxas. Chamo a atenção para um pormenor: eu digo para se abrir um buraco na cabeça, não na abóbora. Temo, portanto, que os Nirvana tenham acabado por causa desta instrução mal dada... Além disto, a impressão com que eu fiquei foi que eu achava que aquilo de meter uma vela dentro da abóbora servia para iluminar a casa. Pois, porque nós estamos em 1910, não é? Pequeno palerma!...

Por fim, encerro com um "Mas isso deve ser tudo uma lenda inventada pelos inglêses.", que é como quem diz "Isto os Ingleses são uns aldrabões do caraças! Só estão bem a enganar os outros, é que é! A gente não se esquece de Methuen, pá! Filhos da mãe dos Britânicos! Contra os Bretões marchar, marchar!". No entanto, e espantem-se, mas não é que tenho razão? Ou melhor, quase. Diz aqui no site "significados.com.br" que "Os celtas acreditavam que no início do inverno os mortos regressavam para visitar suas casas e que assombrações surgiam para amaldiçoar seus animais e suas colheitas.". Que Celtas? Os da zona de Gales. Portanto, não é de todo descabido... Que eu não ando para aqui a dizer as coisas de cor!

Pronto, espero que tenham gostado. Até para a semana, pessoas!

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