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A Psique de Guilherme

Dissertações acerca de temas vários levadas a cabo por um adolescente com, nota-se, demasiado tempo nas mãos e opiniões, e assim... A Blogosfera vive!

A Psique de Guilherme

Dissertações acerca de temas vários levadas a cabo por um adolescente com, nota-se, demasiado tempo nas mãos e opiniões, e assim... A Blogosfera vive!

Há certas e determinadas palavras que pronto, não é?

Avatar do autor Guilherme dos Santos Gomes, 11.07.22

Antes de mais, bom dia! Primeiramente, acho que é importante esclarecer uma coisa: o que vem a ser isto? Ao certo, não sei. Ao incerto, tenho uma vaga ideia. No fundo, isto é um projecto (e sim, AO90 não é bem vindo aqui) da minha autoria, mas que no fundo é um plágio de tantos outros semelhantes. Estou aqui na qualidade de empreendedor para vos transmitir tudo o que me vier à cabeça. Se eu quiser dar a minha opinião, dou a minha opinião. Se eu quiser relatar um assunto, relato um assunto. Se eu quiser contar uma bela fábula, conto uma bela fábula. Como isto é meu, ainda sou eu que decido o que fazer! Por isso, hoje apetece-me arranjar uma indignação com certos vocábulos da nossa belíssima língua:

  • A primeira palavra que trago à consideração dá-me, até, arrepios. Falo, é claro, da palavra "grávido". Esta é uma palavra sem lógica, sem utilidade (a menos que falemos de cavalos-marinhos ou, é claro, do filme de 1994 "Junior", em que algum criativo teve a excelente ideia de pegar no mítico Exterminador Implacável e pô-lo a dar à luz), mas que, no entanto, surge no Priberam como opção principal, tendo a palavra "grávida" um parêntesis a dizer "feminino de grávido". Como assim? Eu quero acreditar que nenhum espécime macho de Homo Sapiens (com um cromossoma X e um cromossoma Y, e tal), por maior que seja a sua identificação e/ou aparência com o sexo oposto, inveje as mulheres por aquilo que é todo o processo da gravidez. Tudo bem que queiram ter filhos, mas ninguém pensa "Fogo, pá! Tenho tanta inveja das mulheres porque podem engravidar, carregar nove meses no ventre um bicho que lhes dá muita indisposição e mudanças hormonais e comportamentais e, findado esse tempo, passar pelo horror de dar à luz e pelas dores de parto. Que sorte!". Ninguém! Porque é um imaginário bonito, o da natalidade, mas a situação não deixa de ser horrorosa! No que toca ao parto e a tudo o que isso envolve, os homens não prezam pela igualdade de género, dá-me impressão;
  • A segunda (e última) palavra ainda faz, para mim, menos sentido que a anterior. Porque se grávido não passa do masculino de uma palavra legítima e digna, isto que aí vem não se admite. Ser-se ordinário é uma coisa má. Uma pessoa ordinária é uma pessoa rude, sem educação. No entanto, ser extraordinário é espectacular. É ser-se maravilhoso, incrível. Ora, se eu quiser dizer que alguém é mais ordinário que o comum, um completo bandalho que trata mal tudo e todos por onde passa, não poderei recorrer ao "extraordinário", pois se o fizer todos vão ficar a pensar que eu acho que fulano é incrível.

São estas coisas que me fazem, por vezes, acordar com suores frios a meio da noite. Apelava, por isso, aos senhores da CPLP, ou de outra organização qualquer que trate da língua portuguesa, que faça uma revisão a estas palavras (e que acabe com o falhado e desnecessário AO90), de maneira a que todos possamos viver em paz!

E pronto, não sei bem o que foi isto, mas alguma coisa há-de ter sido... Até uma próxima!

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