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A Psique de Guilherme

Dissertações acerca de temas vários levadas a cabo por um adolescente com, nota-se, demasiado tempo nas mãos e opiniões, e assim... A Blogosfera vive!

A Psique de Guilherme

Dissertações acerca de temas vários levadas a cabo por um adolescente com, nota-se, demasiado tempo nas mãos e opiniões, e assim... A Blogosfera vive!

Amor, Púbere Amor

Avatar do autor Guilherme dos Santos Gomes, 14.10.23

A nível de músicas que acabam com referências a necessidades fisiológicas, a minha favorita é, sem qualquer dúvida, o super-êxito "She", do Charles Aznavour, que encerra com "She, she"!

Hallo, Leute meines Herzens! Tudo bem? Como foi a vossa semana? Espero que tenha correspondido às vossas expectativas, ao contrário da minha, que me trouxe um mindinho do pé que (em princípio) estará partido... Bom, mas isso já são pormenores extremamente irrelevantes para vós, que eu sei perfeitamente que a minha saúde não vos interessa. E ainda me ando eu a preocupar convosco, sinceramente...

Esta semana, aquilo que eu proponho é a actividade altamente prazerosa de cascar nos adolescentes, nas suas práticas e em tudo o que eles representam! Porque eu - ainda que sendo, em termos legais, um adolescente – detesto essa gente! É uma faixa etária de pessoas vazias, medíocres, incultas e ignorantes, brutas (na sua forma de ser), completamente desinteressadas no que quer que seja, com gostos muito questionáveis e, de uma forma geral, despreocupadas com a vida, ela própria. É óbvio que isto não se aplica a todos os adolescentes que existem, mas a carapuça servirá, estou confiante, à grande maior parte deles (e recorro aqui a um pleonasmo para reforçar a ideia de que é MESMO a maior parte)! Dito isto, comecemos então a malhação nestes jovens adultos e adultos-criança. Talvez faça sentido chamar a esta "a 1ª Edição" deste auto-de-fé adolescente, porque há aqui muito suminho e muita coisa que me irrita, e numa crónica só não consigo abordar todos os temas. Portanto, nesta 1ª edição, vamos falar de namoros adolescentes!

Os namoros adolescentes são, estou convencido, das coisas mais ridículas que há. Acho estranho como pessoas que ainda mal se descobriram a elas próprias conseguem "dar amor" a quem quer que seja. Porque, sejamos francos, namoros adolescentes são como o Titanic: ao primeiro iceberg, vai tudo por água abaixo! Como o cocó. O cocó também costuma ir por água abaixo. Desta feita, conclui-se que namoros adolescentes são cocó! Agora, vocês poderiam alegar que "Ah e tal, que tu também namoras!". Antes de mais, acho que vocês deviam parar com essa mania de começar frases com interjeições. Irrita um bocadinho. Depois, eu namoro, está bem, mas é diferente, primeiro, porque eu estou num plano superior, relactivamente aos adolescentes. Eu vejo-os de cima, de um plano mais reflexivo, quase que de semi-Deus (se bem que Deus não existe, mas pronto...), por isso não conto como adolescente; segundo, porque o avaliador das situações, o grande pensador, o filósofo das miudezas do quotidiano, não pode entrar para as estatísticas; e terceiro, porque eu não sou exemplo para ninguém! Como diria o meu pai, "Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço", e ponto final, parágrafo!

Uma das coisas que os casais adolescentes (principalmente as meninas) fazem, e que me irrita profundamente, é colocar fotografias dos dois ou apenas do namorado entre a parte de trás e a capa do telemóvel! E quando falo de fotos, refiro-me às mais pirosas que existem: aquela espécie de polaroids que se tiram com as Instax que agora toda a gente tem! Uh, que as fotografias saem instantaneamente e com um tamanho apropriado para colocar onde bem nos apetecer! Está bem, mas isso não quer dizer que tenhas que andar com uma foto do Nelson, que tira negativas a Geografia, mas que já conseguiu beber 12 shots de absinto de uma vez e ficar de pé, na capa do teu iPhone 11 Pro Max recondicionado! Ninguém quer ver esse gajo, com o seu degradêzinho no cabelo e o acne a atacar na testa, de cada vez que tu pegas no telemóvel! É só estúpido, mesmo! E novamente, aleguem que a minha namorada também anda com uma foto minha. Está bem, digam o que quiserem, mas como sou eu, e eu estou, lá está, num plano superior, não conta!

Outra questão que me chateia é uma coisa que os jovens casalitos fazem nas redes sociais, designadamente a nível dos stories do Instagram. O que é que sucede? De cada vez que fazem um mêsversário de namoro, colocam uma história daquelas mesmo minimalistas, como tanto gostam, a anunciar que concluem, por exemplo "0.4 anos de namoro". O problema é que, quando vamos a investigar, eles estão a concluir apenas o quarto mês de namoro! Ora, qual é o erro aqui? Eles estão a levar a cabo a contagem como se fosse uma escala decimal quando, na realidade, um ano tem doze meses, logo não vai bater certo. Porque, na óptica deles, o número 1 corresponde, lá está, a um ano de namoro, mas fazendo as contas como estão a fazer, um ano irá corresponder a 1,2! Para isto fazer algum sentido, eles teriam que considerar que um mês equivalia, mais coisa, menos coisa, a 0,083. Mas pronto, isso já são muitas contas para eles fazerem... Deixemo-los viver na ilusão porque, com jeito, não vão ter que se preocupar com isso, porque, em princípio, não irão sequer chegar a um ano de namoro... Até para a semana!

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Aconteceu No Penico

Avatar do autor Guilherme dos Santos Gomes, 16.08.22

Ontem fui ver o novo filme de Curral de Moinas (muito bom, por sinal) ao cinema, e apercebi-me de que o sumo “Grande” é MESMO grande! Um litro?!? Porra!

Chegamos à Crónica número 10. Iupi! Crónica 10! Não há porque festejar!... E creio que aquilo que hoje vou propor é um tema que há já muito tempo devia ter sido abordado, e ao qual não se dá grande importância: a Guerra Civil do Iémen!... Não, estou só a brincar. Vou falar, é claro, das casas-de-banho públicas! Isso sim é de interesse.

Há muitos aspectos referentes aos WC públicos que merecem ser analisados, mas acredito que um dos mais fracturantes é a organização dos homens por urinol. Todos os homens sabem, ainda que nunca tenham sido ensinados, que alguns urinóis estão interditos e não podem, sob nenhuma circunstância, ser utilizados! O princípio pelo qual nos regemos é o do “Urinol Sim, Urinol Não”. Imagine-se uma situação hipotética, de uma casa-de-banho pública em que existem 5 urinóis: apenas os Urinóis 1, 3 e 5 podem ser utilizados. Se alguém estiver, por exemplo, no Urinol 2, apenas o 4 (ou o 5) estarão livres para uso. Situações como aquela a que eu assisti ontem são repudiadas, e deveriam ser punidas por lei: fui a um urinatório onde existiam 5 mictórios. Como não estava lá ninguém, eu dirigi-me para o Urinol 1. Daí a segundos chega um jovem que, de forma bastante decente, se coloca no Urinol 5. Ainda durante o meu período de micção, chega um outro senhor. Ora, se já entenderam o princípio, devem estar à espera que este senhor tenha ido para o Urinol 3. No entanto, e para o horror de todos, foi-se colocar no Urinol 4, e de esguelha, ficando por isso meio virado para o indivíduo que urinava no 5! Isto é nojento! E nem é por uma questão de preconceito, nem nada que se pareça! Eu sou um libertário, porra! É apenas e somente por causa da decência, da privacidade e da intimidade íntima de cada um. Se eu me quisesse expôr publicamente da forma que me exponho em urinóis, ia para o Meco!

Outro assunto muito interessante (e bastante nojento) são os secadores de mãos. Ou melhor, recicladores de fezes. Porque sim, aqueles secadores funcionam como uma espécie de ventoinha, que se limita a circular o ar já existente na casa-de-banho. Ora, de que é que o ar das casas-de-banho públicas está repleto? De essência de cocó, extrato de xixi, bactérias dos mais variados tipos, etc. Se é para isto, mais vale lavar as mãos com a água das sanitas, que o efeito não deve ser muito diferente. Reflitam comigo: quem é que daqui já foi lavar as mãos, secá-las nesta maravilha da tecnologia, e depois comer um hambúrguer no McDonald’s? Pois. Até dá vontade de bolsar, não dá? Mas esqueçam isso.

Pessoalmente, gostaria de ter estudado as casas-de-banho femininas mais a fundo, mas não me deixaram. Enquanto as pessoas não se consciencializarem de que desta forma estão a travar o progresso científico, o Mundo não vai andar para a frente! Vou ter, portanto, que me ficar por aquilo que consegui visualizar, e caraças! Serão elas assim tão ávidas pelo consumo, que até na retrete têm que estar a ser estimuladas a nível comercial? Eu vi expositores de produtos por cima dos lavabos! Sabem o que é que os homens têm por cima dos lavabos? ESPELHOS! Isto realmente...

Agora, e em jeito de término, vou-vos contar uma experiência que eu tive numa casa-de-banho pública. Isto passou-se na Noitada dos Remédios do ano passado. Estava com vontade de ir urinar, de maneiras que me dirigi às casas-de-banho. Os urinóis estavam todos ocupados (não todos, mas não nos esqueçamos da regra “Urinol Sim, Urinol Não”), por isso fui conferir as sanitas. Reparei que uma das portas estava entreaberta, e para evitar abri-la com a mão, dei-lhe um pontapé. Qual não é o meu espanto quando a porta, ao invés de bater na parede interna do cubículo, embate violentamente contra os joelhos de um senhor incauto, que apenas estava a fazer o seu cocó. Senhor que cagava, se me está a ouvir, as minhas sinceras desculpas!

Está feito! E sim, não sejam mesquinhos que este ensaio teve uma temática balnear. Vá, pelo menos de balneário! Tchauzinho!

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Como os Meteorologistas do Quotidiano Levam a Cabo a Exaltação do Óbvio

Avatar do autor Guilherme dos Santos Gomes, 12.08.22

Esperem aí, deixem-me ver se entendi: ainda não chegamos a meio de Agosto e o Continente já está a anunciar o Regresso Às Aulas? Calma, chavalo! Qual é a pressa?

Hoje trago-vos mais dois fenómenos interessantíssimos que eu pude observar nas minhas deslocações ao litoral (que não foram muitas, mas foram boas). A primeira tem que ver com uma redundância e a segunda está relacionada com a indecência e a própria imundice. Ficaram curiosos, não foi? Imaginem se eu decidisse acabar o texto por aqui. Iam ficar tão augadinhos, os meninos. E os suicídios que ia haver! Mas não se preocupem, que eu não vos faço uma coisa dessas...

O primeiro fenómeno é o das pessoas que vão à praia, no pico do Verão, e dizem "Ui! Que calor!". De que é que eles estavam à espera? De encontrar pinguins a correr na Caparica? Malta a esquiar nas dunas de Salir do Porto? Um campeonato de patinagem artística em Benagil? Se estão a ir à praia em Agosto, é mais do que normal que esteja calor. Ou iam estar 38ºC no paredão e, ao avançar para o areal, a temperatura caía para os 16ºC? O problema é que se isto acontecesse, toda a gente ia dizer “Ai! Está fresquinho ou é impressão minha?”, porque nós nunca estamos satisfeitos com nenhum estado do clima. Se está calor, é porque está calor. Se está frio, é porque está frio. Se está um tempo ameno, confortável, nem muito húmido nem muito seco, e corre uma brisa suave de nor-noroeste, é porque está um tempo ameno, confortável, nem muito húmido nem muito seco, e corre uma brisa suave de nor-noroeste! Aposto que isto é gente que vai à praia com o mesmo espírito que todos os anos leva a comunicação social a desenterrar a Maddie: a esperança que aconteça um milagre. Só que no caso dos veraneantes, isso apenas seria possível durante a Idade do Gelo; e no caso da Maddie, era preciso procurar numa arca congeladora... Esta piada serve mais para filtrar o pessoal que chegou à página agora. Se se sentiram indignados ou até indispostos, o melhor é irem puxar os “Malucos do Riso” para trás, que isto é capaz de não ser o ideal para vocês...

O outro apontamento que tenho para hoje está relacionado com as pessoas que usam os sete mares como WC. Este é um acontecimento mais comum do que se pensa, porque dá-me ideia que as pessoas gostam de fazer xixi para as Américas, ou o que é. Se na crónica “Anatomia de Poseidon” eu vos chamei a atenção para aqueles senhores que se plantam à beira-Atlântico e dali não arrancam pé, agora peço-vos para que reparem naqueles que mergulham só até à linha da cintura. Estes costumam ter um comportamento estranho, muito motivado pela emergência que é uma bexiga cheia. Habitualmente avançam destemidos pelo mar, conferem se não há ninguém em volta, e começam o processo. É possível dizer com certeza quando é que a excreção da urina começa, pois os mijões colocam uma expressão de extrema satisfação e prazer que não engana ninguém. E também pela tintura meia amarelada com que a água fica. Isto até acaba por ser algo que, embora repugnante, confere um enorme conforto, não só pelo alívio que é causado pela libertação desta secreção renal, mas porque a área circundante a estes urinadores implacáveis fica consideravelmente mais quente. Ninguém me tira da cabeça que é destes génios que nós precisamos a governar o nosso país!

E pronto, depois de falar de pleonasmos, micções e crianças desaparecidas, acho que não tenho mais nada a acrescentar. Resta-me desejar-vos felicidades e enviar-vos um beijinho, mas daqueles bastante sonoros e humidozinhos, está bem? Vá, continuação!

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