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A Psique de Guilherme

Dissertações acerca de temas vários levadas a cabo por um adolescente com, nota-se, demasiado tempo nas mãos e opiniões, e assim... A Blogosfera vive!

A Psique de Guilherme

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Trabalhos de Casa #3: “Ajudar o próximo!”

Avatar do autor Guilherme dos Santos Gomes, 01.10.22

Estive a ver, e 5% das pessoas que subscrevem o meu canal no YouTube são do Brasil. Como sei que amanhã vocês vão ter uma eleição que promete ser histórica, só vos digo uma coisa: votem com cabeça!

Estamos nos tempos da solidariedade! Desde 1985, com o mítico “Abraço A Moçambique”, que já não se via tanta gente unida em prol de causas maiores que elas. Por isso é que hoje eu trago uma redacção sobre o fazer o bem e o ajudar os outros, e assim. O nome dela, “Ajudar o próximo!”. A data, 29 de Janeiro de 2016. E é desta que eu mostro de vez a minha incultura para aquilo que é, no fundo, a sociedade, e a vida, e a economia, e os direitos dos trabalhadores, e por aí adiante... Passo a apresentar, já de seguida, a composição “Ajudar o próximo!”. Não saiam daí, porque nós também não!

Era uma vez um menino chamado Valentim que tinha 12 anos e só olhava para o seu umbigo. Ele nunca ajudava os outros e pensava que o mundo girava à sua volta.

Quando a roupa deixava de lhe servir, ia para o lixo, porque ela preferia deitar fora do que dar às pessoas que necessitavam dela. Certo dia a mãe dele engravidou e os patrões, por ela estar grávida, despediram-na. A família do Valentim ficou na pobreza, porque o pai já não trabalhava há cerca de um mês.

O tempo passou e quando o Valentim fez 13 anos recebeu uma carta da empresa «Ajudar o próximo!» que o convidava a ir lá. Ele pediu permissão aos pais, e o pai levou-o.

Que lá chegou, uma senhora chamada Emília explicou-lhe no que consistia aquela empresa. Ela disse que aquela empresa. Ela disse que aquela empresa recolhia fundos para ajudar os pobres, os doentes, os necessitados... e também lhe explicou o que é partilhar e o que é ser solidário.

No fim da visita ela deu ao pai do menino cinco sacos cheios de comida e disse-lhe:

_Sr. Fonseca, aqui está uma coisa que eu sei que neste momento está a necessitar, mas não se esqueça: sempre que precisar de alguma coisa basta vir cá e pedir. E também tenho uma coisa para ti Valentim: um saco com roupa e um saco com brinquedos. E nunca te esqueças do que eu te disse sobre partilhar. Os brinquedos são para ti e para o teu irmão. Ah! Quase que me esquecia! Também tenho um saco de roupa para o teu irmão.

A partir daí o Valentim nunca mais foi o mesmo e aprendeu a partilhar.

Esta é difícil, pá! Ora bem, a história fala de um menino que era um filho da mãe e que deitava roupa fora como quem bebe água. Roupa e, ao que parece, dinheiro, porque a família conseguiu alcançar o patamar da pobreza em apenas um mês! Exacto, UM MÊS! Que raio de despesas é que esta gente tem que os levam a ficar sem nada em menos de 30 dias? Depois, temos uma senhora que, coitada, é burra. Primeiro, porque se sabia que a família estava numa situação financeira tão delicada, avançar para um segundo filho é só cavar uma sepultura maior. E segundo, porque me parece desconhecer uma coisa que se chama “Código do Trabalho” que refere, no Artigo 63º que “O despedimento de trabalhadora grávida [...] carece de parecer prévio da entidade competente [...]. O despedimento por facto imputável a trabalhador que se encontre em qualquer das situações referidas no número anterior presume-se feito sem justa causa.” e constitui uma contra-ordenação grave. Logo, o autor do texto demonstra uma descumunal ignorância relativamente àquilo que são os direitos dos trabalhadores. Por falar em trabalhadores, temos o senhor pai de Valentim, cujas razões do despedimento nunca são especificadas. Deve ter apanhado uma gripe, ou assim, e não se consegue trabalhar com malta que adoece. Ou então era cocainómano, o que poderá explicar as economias tão frágeis da família.

Por fim, temos a tal empresa, que só os ajuda a sair de uma situação precária e de fome UM ANO depois de nela terem entrado. Eu, pessoalmente, não consigo estar mais que meia dúzia de horas sem comer qualquer coisinha... Nós voltamos a ver-nos na próxima semana!

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